ela era impulsiva, pensou ele.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
tinha dentro de si algo infantil, que a levava a olhar o mundo com olhos de deslumbre. visivelmente, tudo lhe parecia interessante, fascinante, como quem desejava abraçar o mundo, mesmo que de uma forma confiante e ingênua. pelas melenas rubias, as quais à iluminavam o rosto, dava para perceber o perigoso enlace que a ingenuidade, misturada à forte impulsividade lhe conferiam. elo de bondade e o apreço do risco, a tempestade. pelos olhos, ligeiramente puxados e pequeninos, porém intensos era visível também que carregava o brilho daqueles que se jogam, se consomem, e só depois conseguem parar para avaliar qualquer passo imprudente, os riscos e prejuízos. imprudência. talvez estivesse ali seu maior defeito. ou quem sabe, sua maior qualidade...linha tênue que salva, ou afoga: mistério.

(Camila Paier)

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